Existem duas personalidades existindo dentro de Gu Jihoon. A primeira é sempre o seu cartão postal para todos assim que o conhecem e consiste em: Jovial, mulherengo, boa vida, preguiçoso, esnobe, ganancioso, egocêntrico e consumista. Provavelmente essa seja a sua personalidade que mais se destaca sem realizar nenhuma força. O rapaz é galanteador por natureza, conquistador por capricho e um colírio para os olhos. E ele não vê nada de errado ao ser assim, sendo conformado com a fama que fizeram dele talvez um dos Gu mais “sem futuro” que existe. Ele não esconde seus pecados e não tenta mascarar seus erros. Na realidade gosta de moldar sua personalidade baseado naquilo que as pessoas acham dele, o deixando assim protegido de conhecerem o seu verdadeiro eu.

E por último a segunda personalidade, o arquétipo que ele tenta desesperadamente matar todos os dias. Jihoon é romântico. Ele não é um sonhador dos dramas, ele apenas acredita que em algum momento se encontrar uma pessoa certa e compartilha uma vida inteira de amor, companheirismo matando todo o restante. Ele se importa com as pessoas mesmo que demonstre de um jeito excêntrico. A sua segunda personalidade é o que o torna humano. Ele possui sentimentos profundos, mágoas e medos, mas se esconde sobre uma máscara de fingimento, o tornando assim visível apenas como o “homem que não presta”.

Gu Jihoon é apenas mais um Gu perdido no mundo, provando que dinheiro não significa tudo na vida. Quando o patriarca da família Gu precisou se afastar dos negócios, ele teve que escolher um dos filhos para continuar o legado. Infelizmente não havia sido a sua mãe, uma mulher viúva com três filhos e problemas de aceitação. E se você acha que apenas um homem frustrado se entrega as bebidas e desfrutes de uma vida sem sentido se enganou. A mãe de Jihoon que já havia perdido o marido perdeu o restante da vontade de viver. E a criação do pequeno filho caçula foi deixado ao acaso do destino.  

A primeira mulher que ele chamou de mãe foi a sua babá e seu pai era o jardineiro que aparava as flores do jardim duas vezes por semana. Se ele tivesse em um mês dois jantares com a mãe deveria se considerar sortudo. Nascido e criado em Seul, Jihoon era o que as pessoas chamavam de playboy. Na escola ele era o popular que chamava as meninas para sair e colecionava virgindades tiradas. Durante a infância foi apenas uma criança ressentida, comprada pelo dinheiro e presentes caros. Seu choro era resolvido com brinquedos vindo de outros países e para ser mantido distante de sua mãe deve ter ido mais vezes na Disney do que uma criança rica comum. Seus irmãos estavam ocupados catando o resto que havia restado daquele aglomerado Gu e sua avó não se importava com ele por já ter tido um desafeto nutrido há muitos anos por seu pai. E Jihoon lembrava muito seu falecido pai.

A situação pareceu melhorar um pouco depois que todos os Gu assumiram que ele, seus irmãos e sua mãe deveria voltar a ser chamados pelo sobrenome de origem de sua família. Só que a melhora era para os adultos, não para ele. Ter sido mandado estudar na Suécia não contribuiu para seus valores hoje como adulto. Na escola sabiam que ele vinha de uma enorme dinastia com bastante dinheiro e recursos e o paparicavam, deixando assim vir a tona a sua personalidade. E quando sua avó mandava presentes para todos os seus amigos no natal, alimentava a sua popularidade e o mar de colegas que queriam ser considerados seus amigos. E quando terminou seu ensino médio nem se deu o trabalho de voltar.

Sua mãe na época já estava doente, vindo a falecer meses depois. Em luto, perdido no mundo, Jihoon não teve uma doença sexualmente transmissível por pura sorte. E sim, ele teve dois filhos de suas aventuras, duas crianças cujo pai jamais conhecerão e cujas mães estão felizes recebendo dinheiro mensalmente. E ele poderia viver assim pelo resto da vida se não fosse sua avó cortando seus fundos financeiros. Ela secou a fonte que jorrava todos os meses em sua conta bancária o obrigando a voltar para Seul se quisesse ter dinheiro para comer alguma coisa. Morou com a mesma por alguns meses, mas ela não aceitava vê-lo desgraçando vidas de moças jovens e intocáveis que trabalhavam na mansão Gu.

Expulso, Jihoon precisou cuidar da sua vida por si só. No início o seu sobrenome lhe abriram portas, lhe rendendo alguma grana e trabalhos como modelo. Depois, viram que ele não seria nada quando envelhece e as portas foram se fechando. Ele não se lembrava exatamente como foi parar na Isao, apenas que trabalhou em uma propaganda de marketing para a empresa e quando o contrato expirou lhe arrumaram algo como assistente de mídias sociais. No entanto, ninguém parecia o levar a sério devido as “criancices” e estavam prontos para puxar o seu tapete de vez, sem claro afrontar a família Gu diretamente. E foi então que lhe tacaram uma solista para cuidar, ciente que ambos fariam algo de errado e os dois teriam seus contratos destruídos, mas não era bem o que aconteceria. Claro, eles se envolveram amorosamente e se apaixonaram, mas ao contrário do que muitos queriam não se tornou um escândalo e nem tampouco foi o suficiente para por ambos serem postos para fora.    

E agora a agenciada de Jihoon estava prestes a debutar de fato e ele demonstrava não apenas ter sentimentos fortes pela garota, como também ganhava um pouco de amor pela profissão. Esse não é o fim da história, na verdade está longe de acabar. Eu poderia dizer que se trata dos contos de uma gata borralheira que se torna cinderela ou da fera que finalmente é vencida pela bela. Mas, isso não é uma história de amor. É bem profissional e cheio de erros e acertos. Jihoon nunca foi perfeito e nem tentou ser por um segundo de sua vida, a chance de tudo dar errado é muito grande. Ele não conseguiria por muito tempo ajudar a jogar o holofote sobre um outro alguém que não fosse ele. Ou será que isso é capaz?

— Mesmo que o seu sobrenome seja suficiente para lhe arrumar um emprego de manager na Isao, Jihoon é um profissional qualificado fluente em cinco idiomas além da sua língua mãe; Mandarim, japonês, sueco, inglês e francês.

— Não fez faculdade, mas fez formações profissionais no internato para jovens ricos na Suécia em mídias sociais e escrita.

— Na Isao desempenhou a função de assistente de mídias sociais por três anos e meio.

— Sua cor preferida é o azul.

— Seu maior sonho é acontecer algo muito grave e só ele ser considerado digno a herdar o dinheiro de sua família inteira.

— Já passou fome e mora em um frete muito, muito humilde. Seus únicos bens restantes são suas roupas. Seus fundos monetários ainda estão bloqueados.

— Nunca teve nenhum animal de estimação. Na verdade matou uma vez “sem querer” o gato da sua irmã mais velha. É um segredo que somente ele, Kyung soon e Hayoon sabem (suas primas).