Hyunmin, ou Émile, como você preferir, espera ser o mauricinho franco-coreano mais legal que você vai conhecer. Nunca foi sua intenção ser mimado, mas como seus pais eram celebridades e estavam quase sempre ocupados para lhe dar atenção, suas ausências presentes foram substituídas com dinheiro. Então se os diamantes podem ser melhores amigos das garotas, por que não dos garotos também? E como um bom mimadinho filhinho de papai, está acostumado a ter o que geralmente quero, ou ao menos o que o dinheiro pode comprar para ele. Mas ele não é nenhuma Regina George, ou talvez seja uma com defeito.

O garoto é extremamente extrovertido e faz questão de acolher os demais em seu coração. É igual ao de mãe, sempre cabe mais um. E já que estamos falando de coração, prefere não se envolver de jeito sério com alguém até o presente momento, e neste momentos não é incomum que o apelido de “galinha”, ele adora um jogo de flerte e sedução, seja atribuído a ele, não que venha a se importar muito sobre isto também. Costuma ter um astral sempre para cima, e quando não, disfarça. Isto, no entanto, não significa que ele seja ingênuo ou indefeso, mesmo andando com seu sorriso para cima e para baixo, pois apesar de reservar este lado apenas para quando realmente necessário, sabe usar do recurso da violência. Seja de natureza física, psicológica ou verbal.  Tão pouco deixa se intimidar facilmente. Possui um temperamento forte e fala o que tiver vontade quando tiver vontade, levando-o algumas vezes a ser grosseiro, não medindo esforços também para “bater de frente” com quem tentar o desafiar gratuitamente.

Muitas pessoas já disseram para Émile, nome que utiliza enquanto artista e em território francês, algo que nem sempre ele concorda: “Nossa! Sua vida é fantástica, queria eu ter nascido no seu lugar!”. Ter dinheiro era bom? Era ótimo, e por mais que a frase “dinheiro não compra tudo” não seja absoluta numa negativa, também não é positiva. Longe do Oh negar todas as facilidades e acessos que o dinheiro o propõe, mas o dinheiro nunca propôs que tivesse muito mais que encontros de uma semana por mês com seus pais já que eles estavam trabalhando para o dinheiro para que tivessem mais dinheiro. E isto é algo que faz falta até hoje. Ser filho de uma artista plástica e um ator? Deveria ser incrível saber que seus pais inspiram pessoas ao redor do mundo através da arte, e na verdade era, sabia disso. Mas sempre lhe restou uma pitada de egoísmo, se é que podemos chamar de egoísmo, não ser tocado por eles.

Hyunmin nasceu na França. Seu pai estava fazendo gravação de uma obra internacional e sua mãe já no oitavo mês da gestação, resolveu acompanhar o marido durante as gravações e o que também foi um pedido dele, sabia que o filho poderia nascer a qualquer momento e não queria perder o parto da criança. E ele não perdeu o parto! Mas perdeu todo o resto do desenvolvimento de Hyunmin durante a infância. Ele morou na França até os quatro anos, depois disso passaram dez anos nos Estados Unidos, onde seus pais se alocaram para os projetos futuros dele. Émile não se importava muito mais para onde iriam, sabia que seria a mesma coisa de sempre. Não teria atenção de seus pais, teria de aprender uma língua nova, no máximo, e continuaria vivendo sob a supervisão dos empregados da família, os quais ele consegue enxergar com muita mais afetividade que seus próprios pais, ainda que entenda que eles não fazem por mal. Mas fica um pouco difícil mesmo depois de ter aprontado inúmeras vezes na escola apenas para chamar atenção destes e nem na reunião para discutir o comportamento do filho eles apareceram.

Aos quinze anos, finalmente voltaram para a Coreia do Sul, era a primeira vez no país e que iria conhecer finalmente seus avós. Foi só a partir deste momento que suas aventuras para ter tempo com os pais passaram a diminuir, não seria a mesma coisa, mas os avós paternos e maternos enchiam o garoto de dengo, e passava a ocupar o vazio que o mais novo sentia. E durante um raro almoço onde toda a família se reuniu, lhe foi perguntado sobre o que ele queria fazer. Foram mais ou menos dois minutos em silêncio, ele nunca tinha pensado muito nesta questão, afinal trabalhar nunca tinha sido uma grande preocupação para si, não na família em que vivia, porém depois de uma análise, a resposta veio:

— Eu quero ser artista! —

*Hyunmin é pansexual. Abertamente;
*Gostaria de ter um zoológico, mas ele mesmo concorda que essa ideia é absurda;
*É extremamente vaidoso;
*Fluente em inglês, francês, coreano. Arrisca algumas coisas em japonês e chinês.