Min Ryeong é um homem usualmente calmo e de personalidade focada, além de ser bastante realista. Está quase sempre contente, sentindo-se realizado com a vida que leva atualmente. É disciplinado e um tanto quanto exigente consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor, ainda que não seja exigente em um nível nocivo ou que cause desconforto. É esperto, ambicioso e dedicado, além de ser um pouco orgulhoso demais. Ele é leal e zeloso, sendo muito emocional e empático com as pessoas ao seu redor, em especial mulheres e crianças.

Jwa Hwa Young era uma garota de classe média alta, mas bastante ingênua. A garotinha dos olhos de seu pai, a jovem não tinha conhecimento da malícia do mundo e de como as pessoas podiam ser más e podres. Estava com quatorze anos quando conheceu um homem bem mais velho.

Ele estava com vinte e seis e era muito gentil e respeitoso com ela, sempre a levando em bons lugares, esperando por ela na saída do colégio e até mesmo prometendo-lhe amor eterno. Foram dois anos relacionamento até que ela aceitou deitar-se com ele. E como num passe de mágica, tão logo ela abriu as pernas, o homem desapareceu no mundo depois de lhe dizer que já era casado.

Hwa Young sentiu seu mundo desabar, sem saber que aquele seria apenas o começo de sua dura vida. Ela passava tempo demais chorando e se lamentando quando seus pais não podiam ver para perceber, nos dois primeiros meses, a ausência de sua menstruação. Apenas se deu conta de que poderia ter um problema quando uma garota mais velha aproximou-se dela e lhe perguntou se ela já havia feito algum teste de gravidez depois de, por coincidência, encontrá-la vomitando no banheiro pela terceira vez aquela semana.

Jin Ah, a garota do último ano, pareceu realmente preocupada com a menina de olhos inchados e expressão chorosa. E como uma bomba, os dois tracinhos apareceram no teste de farmácia. Hwa Young, assustada, contou para os pais e foi duramente repreendida pelo homem que antes a idolatrava. Ele a colocou para fora com nada além de uma mala cheia de roupas e sua mãe, que tanto dizia ter planos para ela, mal conseguia encará-la tamanho desgosto tomava conta de seu coração.

Hwa Young dormiu em um ponto de ônibus e, depois, embaixo de uma ponte qualquer. Ela passou frio e fome, foi xingada e as pessoas olhavam torto para ela por três meses até conseguir um emprego em uma casa num bairro nobre. Era um emprego de faxineira, mas que lhe rendia um salário considerável para que ela conseguisse pagar dois anos de aluguel na área mais distante e mais pobre de Seoul.

Hwa Young estocou comida como pôde e economizou de todo modo para ter o que comer e o que vestir no tempo em que estaria cuidando de seu filho. O salário que ela ganhava era excelente e a patroa dizia que era para que ela mantivesse sua boa aparência e pontualidade.

O barraco que ela havia alugado tinha cerca de quinze metros quadrados com uma cozinha e uma quarto com um banheiro cujo o espaço era suficiente apenas para o chuveiro e não passava de um cubículo com o porta.

Não tinha aquecedor e no inverno fazia tanto frio que ela poderia morrer congelada. Hwa Young chorava todas as noites, mesmo depois de seu filho nascer. Ela havia cogitado dar o menino, mas dera o azar de pegar um médico muito pouco humano que dissera à jovem de quase dezessete anos que ela teria de criar a criança porque ele não chamaria assistência social alguma.

Min Ryeong era um bebê pequeno e que parecia entender o quanto a mãe já sofria. Ele nunca chorava. Mantinha-se em silêncio com os olhos bem abertos como se estivesse ansioso para poder ajudar. Com isso, ela conseguia trabalhar o dia todo na casa da patroa, mesmo com o bebê pequeno. Min Ryeong sequer tinha três meses quando sua mãe voltou a trabalhar.

Seus pais não a procuraram e a jovem de um e sessenta estava cada vez mais magra e frágil, quase como se estivesse doente. O bebê, sempre magro e pequeno para a idade, continuava a colaborar. E, eventualmente, Hwa Young ligou-se tanto ao pequenino que não conseguia mais conceber a ideia de abandoná-lo.

Conforme Ryeong crescia, ele dava seu melhor para ajudar a mãe como podia, fosse estudando o suficiente para manter a bolsa que havia conseguido no colégio ou para arrumar a casa minúscula onde viviam. Era um garoto tranquilo e muito focado no que queria. E ele definitivamente queria dar uma vida boa para a própria mãe que se esforçava tanto por ela, trabalhando turnos dobrados como garçonete e lavadora de pratos em uma lanchonete, intercalando com as faxinas em seus dias de folga do outro emprego.

Ele tinha cerca de treze anos quando reparou em Hyo Min, uma garota de sua sala, pela primeira vez. Encantou-se pela aparência frágil e fofa da menina, tentando se aproximar como um amigo. Ele não saberia dizer se ela realmente o detestava ou se era apenas sua insegurança e timidez que o faziam pensar assim.

Min Ryeong mantinha-se sempre próximo como um bom amigo, mesmo que seus sentimentos parecessem cada vez mais conturbados em relação à garota. Aos dezesseis anos, ele tinha um emprego de barista em meio período, num pequeno café em um bairro próximo de onde morava. Ainda gostava da garota em segredo, mas vê-la feliz era a única coisa que lhe importava.

Achava seriamente que Hyo Min merecia coisa melhor. Infelizmente, para ele, quando estava com seus dezessete anos, seu pai apareceu. Ele estava na saída do colégio e sua mãe apareceu com um homem que ele não reconhecia, dizendo timidamente que aquele era seu genitor e a razão deles terem tido uma vida tão complicada. A fúria tomou conta de seu corpo como se ele fosse um animal e o jovem viu-se avançando sobre o homem com socos e palavras de ódio.

Hwa Young e Hyo Min tiveram certo trabalho para segurá-lo e haviam várias pessoas olhando-os horrorizados enquanto Min Ryeong chorava e culpava o homem que, agora, tinha a boca sangrando. A despeito de tudo que o homem oferecia agora, uma pensão e contato, o garoto decidiu apenas ignorá-lo. Frustrado e chateado demais para fazer qualquer outra coisa.

No ano seguinte, no entanto, as coisas foram nada mais do que um turbilhão de sensações de impotência. Confessara seu amor por Hyo Min, mas os pais dela não pareciam nada felizes com o fato de os dois ficarem juntos e, em meio ao fato de ele estar terminando seu último ano e atingindo a maioridade, sua mãe acabou adoecendo e precisando de cuidados médicos que ele não podia pagar. Pediu perdão à garota que fora seu primeiro e único amor, acabando por se alistar no exército em busca de ter um salário que fosse suficiente para comprar os remédios de sua mãe. Os dois anos de serviço pareciam arrastar e Hwa Young não melhorava em nada, nem mesmo a pensão que o pai de Min Ryeong mandava era o suficiente para as tentativas de melhora.

Ele se dividia entre visitar Hyo Min, mesmo como um amigo, e ficar com a mãe no hospital. Quando foi dispensado, no entanto, tentou uma bolsa na faculdade para cursar publicidade e propaganda. Ele estava ficando magro e com um aspecto cansado, mas queria muito ser alguém que os pais de sua paixão aprovassem.

Com esforço, ele concluiu a graduação e foi contratado quase que imediatamente por uma empresa de entretenimento. O salário era a maior quantia de dinheiro que ele já havia recebido na vida em qualquer emprego, novamente, foi atrás dos sogros e pediu permissão para estar com Hyo Min, embora fosse mera formalidade já que lhe importava mesmo a resposta da garota.

Quando finalmente obteve permissão, não demorou a casar-se com ela. Por outro lado, seu avô materno morreu meses antes do casamento e sua avó procurou pela filha que, há muito tempo, não via ou tinha notícias. Desculpou-se pelos anos de silêncio e ausência pagando pelo tratamento médico de Hwa Young que voltou a ser a mesma mulher saudável e ativa de sempre, mas dessa vez, parecendo muito mais feliz.

Pela primeira vez desde que ele conseguia se lembrar, as coisas estavam indo bem.

• Min Ryeong detesta o pai mais do que qualquer outra pessoa;
• Ele nunca foi capaz de perdoar o avô;
• Min Ryeong é do tipo que bebe e chora;
• Ele é completamente apaixonado pela esposa e nunca gostou de outra mulher além dela;
• Ryeong tem o desejo de ser pai, mas tem profundo medo de não dar boas condições para a criança;
• Tem pavor de cobras e altura;
• Ele possui quase 180cm de altura, mas tem medo de Hyo Min quando ela fica zangada.