Boah é a típica adolescente tóxica que engana a todos fingindo ser uma boa pessoa. Claro, sua toxidade depende do ângulo no qual ela é vista. A menina é divertida, alegre e bem comunicativa, mas possuem um problema grave de meter-se em problemas alheios e opinar quando não perguntada. É inteligente, tanto que é uma jovem do seu tempo, livre, que acredita na liberdade dos outros e não possui dogmas trazidos pelas religiões tradicionais. No entanto, o seu conceito de liberdade lhe traz o pecado de falar demais, sendo ignorante, briguenta e rabugenta. Se ela tiver que ofender alguém, ofende e não pede desculpas. Se ela magoar alguém, magoa e prossegue magoando porque na sua cabeça acredita que não é obrigada a nada.

Seus piores defeitos incluem ser encrenqueira, mal-educada quando se trata de palavras de baixo calão e prepotência. É muito ligada no mundo artístico em geral, passando longas horas consumindo vídeos, músicas, programas e dramas e se acha uma perfeita crítica, colocando defeitos em quase tudo o que vê e ouve. Ela possui seus artistas preferidos e costuma tratar os restantes como lixo. No seu mundo, tudo precisa funcionar do jeito em que ela quer. Afinal, é do signo de Áries, né meu bem?

Chong Bo-ah nasceu na cidade de Daejun, Coréia do Sul. É a filha mais nova do casal Chong Bo-ka e sua esposa Chong Ye-ji. A caçula de três irmãos e sendo a única menina, cresceu sendo a princesa do papai. O pai trabalha no hospital geral de Daejun e a mãe após os filhos atingirem uma determinada idade retornou a sua profissão de advocacia criminal. Sua criação foi dada basicamente pelo irmão mais velho Bo-ju, que a deixava sozinha para levar meninas adolescentes para o seu quarto e a sua babá/empregada/saco-de-pancada, Do-hee.

Do-hee fez muito mais pela garota do que a própria mãe. A babá veio refugiada da Coréia do Norte e teve a infelicidade de conhecer a família Chong e começar a trabalhar para eles em troca de moradia, comida, liberdade e dinheiro. Boah sempre foi a típica menininha que não nasceu muito rica, mas se comportava como tal. Seus pais lhe compravam com presentes e até hoje ela sempre promete se comportar se eles abrirem a carteira depois. Os Chong não é uma família muito grande, contando apenas com um avô que serve as forças armadas sul-coreanas e uma tia que foi renegada após retornar do Japão solteira e grávida de um estrangeiro ocidental. A sua vida desde muito pequena foi regada por interesses e toxidades e a sua personalidade é fruto de uma péssima criação.

No início as pessoas próximas pensavam que Boah fosse alguém em depressão, pois teve um período em que quase não saía de casa e pouco deixava o quarto. Não tinha muitas amizades e as pessoas não se aproximavam dela. O problema era que a menina não sabia fingir, expondo toda a podridão da sua alma nua e crua. Precisou alcançar alguns anos a mais para entender que o mundo pertence a aqueles que fingem e mentem com naturalidade. Automaticamente após entender o segredo da vida começou a atrair semelhantes, montando assim uma era em sua escola tradicional: A era das vadias. Um grupo de quatro meninas tendo Boah como líder, que não fugiam em nada dos estereótipos dos filmes e dramas adolescentes. Ela era perversa, machucando pessoas e agredindo meninas nos banheiros. Essa foi a época em que seus pais quase perderam tudo para comprar o silêncio dos professores e diretores.

A pobre criança se tornou uma linda borboleta, cercada de dinheiro e falsidade. Ao completar treze anos descobriu que seu irmão mais novo era gay e namorava o seu melhor amigo. Ela nunca teve problemas em entender a modernidade do mundo, acreditando sim que cada qual poderia namorar quem quisesse, mas ainda assim não foi capaz de se impedir de chantagear a ele. Quando não cedido, abriu a particularidade do rapaz para toda a família, rendendo assim mais um Chong renegado. Aos dezesseis anos resolveu que estava na hora de se tornar mulher, se entregando para um namorado daquela época.

Boah sempre foi bastante inteligente, conseguindo boas notas e se safando das besteiras que faziam. Sempre foi boa em convencer pessoas e atrair seguidores, sendo uma ótima oradora e uma falsa puritana. Suas viagens excepcionais de férias de verão eram publicadas para todos que quisessem ver, aliás, seus pais estavam ganhando cada vez melhor, o que a fazia ter um luxo de vida grandioso com o irmão mais novo casado e o do meio expulso de casa por ser homossexual. Aos dezessete terminou seus estudos tradicionais, se aceita na universidade de Seul, onde se desprendeu dos laços familiares (exceto o dinheiro, claro) para se formar em moda e designer.

Na cidade onde tudo poderia acontecer, a jovem se viu em um leque de possibilidades, criando uma rede social com o codinome MissDevil, lugar onde ela poderia jogar toda a sua toxidade escondida atrás de um perfil falso. Hoje ela pretende estender seu nome fictício ao estrelato, criando uma teia de mentiras e fofocas. Será que ela continuará evoluindo como a garota podre que é ou alguém irá “apaga-la” antes?  

— Boah é do signo de Áries.

— Estuda moda e designer, mas o que gostaria mesmo de fazer era viajar pelo mundo e conquistar um jovem rico.

— Não tem namorado, na verdade não possui um relacionamento sério com alguém há mais de dois anos. Ela têm casos casuais e transas de apenas uma noite. Só namorada homens.

— Teve uma gata quando tinha sete anos de nome Pompom, mas em um acesso de raiva arremessou a felina pela janela do sexto andar do apartamento onde morava com os pais. Depois disso ninguém nunca mais confiou um animal em suas mãos.

— Têm contato com o irmão renegado, mas mantêm isso em sigilo para não perder a boa vida que os pais lhe dão.

— Faltou pouco para que ela não se tornasse uma sasaeng de um grupo sul coreano debutado em 2019.