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[RP FECHADA] | Flashback | They say this is something for adults!

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Gu Hayoon
Indie
Imagem obrigatória, não remover

Dia
18 de Setembro de 2002
Participantes
Gu Ha Yoon

Esta RP se passa na NYU (Universidade de Nova Iorque). E segue um estilo flashback onde Ha Yoon irá cursar o curso de música. Ha Yoon tem 18 anos em toda essa RP e irá substituir os tradicionais treinos de artistas antes de debutar. É uma RP (FECHADA)  e portanto apenas Ha Yoon está apta a postar. Qualquer interação (salvo membros administradores do fórum) será fortemente ignorada. Pás


Última edição por Gu Hayoon em Ter Mar 23, 2021 6:23 pm, editado 1 vez(es)
Gu Hayoon
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Registro da Personagem
Profissão: Idol
Pontos de Popularidade: 250 (Nuguseyo?)

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Rebeca! Rebeca!
Aula de Teoria Musical I - Turma C

IMPORTANTE:


Ansiedade era pouco para tudo o que Hayoon estava sentindo naquele momento. A garota sofria e metamorfose de garota para mulher e só se deu conta do quanto havia ficado envelhecida quando seus horários das primeiras aulas chegaram. Na Coréia do Sul a maioridade era com dezenove anos, por isso sua família ainda tentava manter certo controle sobre ela, mas ali em Nova Iorque ela já poderia arcar com as próprias péssimas decisões.

A pequena Gu havia puxado tantas matérias na sua grade curricular que não sabia quando arrumaria tempo para se divertir, mas estava ali para aprender, certo? Abriu a porta da sala de aula bem devagar, se assustando com o quanto aquele prédio da NYU parecia diferente das salas de aula onde estudou no seu High School. Só havia um piano, algumas cadeiras em círculo e um quadro cheio de notas musicais, que aliás ela não fazia ideia em como se lia aquilo. Assim como ela outros alunos pareciam desnorteados e pálidos, a maioria com um violão entre os braços e só Hayoon com sua mochila cheia de bloco de notas e um caderno bem “mulherzinha”. Infelizmente ninguém do seu dormitório faria aquela aula, logo se sentia mais perdida que pobre em liquidação.

— Bom dia! – O homem que seria seu professor entrou rispidamente na sala, batendo a porta e despejando livros sobre sua mesa. — Meu nome é John Smith ou como queiram me chamar, Sr. Smith ou apenas John. Não me importo com tratamentos. – Hayoon nascida e criada na Coréia estranhou aquilo, mas até que se agradou um pouco. — Vocês estão aqui para aprender teoria musical e durante esse semestre quero ver vocês aprendendo tudo o que eu puder ensinar sobre as teorias que muitos se esquecem quando deixam essa instituição. – Ele arrancou algumas risadas.

Após aquela explicação inicial, ele começou finalmente liberando um pouco do conteúdo que seria ensinado.

— Neste lado do quadro – O docente apontava. — Nos temos três propriedades do som. E nesta aula nos iremos aprender a altura musical, que muitos chamam de grave, médio e agudo. É através dessa altura que iremos identificar o som de um instrumento ou de uma nota musical cantada. – Ele caminhou até o único piano e apertou uma tecla aleatória. Em seguida repetiu o mesmo exercício apertando várias teclas, mas quase todas tinham um som parecido. — Alguém sabe em quais ordens de altura eu entoei nesse magnífico instrumento cedido para esse curso?

Hayoon entedia um pouco de conceito musical, mas era tão péssima em entonação de notas que a única que conseguiu reconhecer foi a primeira, a que parecia ser aguda.

— Agudo, grave, grave, agudo, grave, médio, agudo e médio. – Uma menina ao lado da independente levantou o dedo e respondeu. Discretamente Hayoon entendeu com quem deveria fazer amizade nos intervalos das aulas.

— Muito bem! – Respondeu o docente. — E qual foi a duração? E a intensidade? – Todos se calaram e ele apontou o dedo para Hayoon, fazendo o sangue do rosto da menina desaparecer. — Se eu te pedisse para cantar essas notas?

Então a ficha de Hayoon caiu. Ela finalmente entendeu o porque ninguém ali parecia carregar um caderno e sim instrumentos musicais. A aula não era teórica, era prática. Se ela tivesse lido o programa daquela aula até o final teria se poupado daquela vergonha de ir toda “chique” para a aula quando todos os outros estavam “relaxados”. Ela não sabia se a sua formação musical escolar era o suficiente para responder aquela pergunta, mas deveria tentar ou ficaria conhecida como a garota que travou no primeiro dia de aula até o fim do seu curso. Ela soltou um pigarro bem baixinho para limpar as cordas vocais.

— Bem – Começou ela. — Acho que a duração são os segundos em que a nota foi emitida. – E então ela emitiu totalmente envergonhada repetindo a letra “u” para entoar a nota. Ela foi bem breve na primeira nota aguda, afinal o agudo ali foi simplesmente para deixar mais brilhoso a primeira entonação. Em seguida ela diminuiu a intensidade da nota grave ciente que todos olhavam para ela com atenção e não porque ela era a única asiática ali com um sotaque inglês bem engraçado, mas porque todos eram alunos iguais a ela.

Hayoon emitiu a nota grave quase para dentro, precisando controlar a respiração para não se perder diante da duração que era mais longa que a primeira e menos intensa também.  Após aquilo, ela prosseguiu com o grave mais rápido e com um pouco mais de intensidade. Emitiu todas as notas de acordo com aquilo que o seu ouvido conseguiu decifrar.

— O conceito dessa aula não é somente tornar as vozes de vocês mais técnicas. – Prosseguiu o professor sem dizer se ela havia acertado ou errado as notas emitidas pelo piano. — É treinar o ouvido de vocês e a memória sonora. Quando trabalhos com música entramos em contato todos os dias com milhares de som. Um produtor por exemplo... – E ele contou um pouco da sua rotina como produtor musical, revelando que trabalhava várias horas com músicas diferentes, afirmando que a sua memória musical era importante para se lembrar de cada som individualmente. Assim, ele sabia no que deveria trabalhar em cada playlist sem se perder. — E essa é a importância da memória musical, atuando como matéria de primeiro semestre para esse curso devido a importância de separar cada módulo musical e vocês não se perderem na hora de estudarem para uma avaliação. Que aliás, são todas práticas.

Hayoon ficou tão nervosa com aquela informação.

O restante daquela aula prosseguiu, com ele utilizando o piano para emitir novas notas, mas fazendo rodízio entre os alunos na hora de pedir uma amostra prática. As notas eram sempre variadas e ele nunca repetia os mesmos tons, duração ou intensidade. Após toda a explicação teórica misturada com prática, ele criou um grupo de três alunos, onde cada aluno ficaria responsável por uma nota: Grave, Média ou Aguda. Hayoon ficou no grupo com dois rapazes, onde o docente havia lhe dado a incumbência de emitir todos os graves, que era onde ela tinha mais dificuldade.

— Agora quando eu entoar a nota de vocês, vocês emitem de acordo com a intensidade e duração. – Ele explicou. Cada grupo tinha cinco minutos com ele, onde na frente de todos os alunos restantes da classe deveria realizar os exercícios vocais. Quando chegou a vez do grupo da asiática, ela ficou totalmente perdida. Timidez não era o seu problema, afinal trabalhar com apresentações era preciso ter desenvoltura e ser “sem vergonha”. O problema de Hayoon era o medo de errar e passar vergonha. Ela se esquecia de que como estudante poderia errar e acertar e aquilo estava tudo bem. — Quando estiverem preparados.

— Eu vou usar o “a”. – Cochichou ela para os colegas que mal conheciam os nomes. O piano soou pela primeira vez em um agudo bem longo e alto, o seu colega então emitiu o som com maestria e perfeição, mostrando não somente uma voz bonita, mas também certo charme. E por alguns segundos o docente só emitiu agudo e médio. Quando Hayoon já estava no ápice do seu nervosismo, o grave veio tão baixinho que ela ficou nervosa e soltou um agudo alto, arrancando risadas de todos. — Me desculpem! – Pediu ela se corrigindo tão vermelha quanto um pimentão e refazendo a nota do jeito certo.

— Controle a respiração.
– Comentava o professor. — Ninguém precisa morrer por causa de um grave. – Outras risadas.

Ali parada na frente de todos, Hayoon entendeu que por mais que o seu curso não envolvesse sempre teóricas complicadas cheias de número ou textos longos de duzentos anos, ainda assim era tão difícil quanto. Quando se sentou mais tarde para descansar, depois de ter errado várias vezes, ela percebeu que teria um trabalho árduo pela frente e que como a única asiática naquela turma, sempre seria destaque pela aparência e ninguém a deixaria em paz enquanto não acertasse o som.

— Você está no caminho certo. – Comentou um dos rapazes que havia feito parte do trio com ela. — A propósito, meu nome é Leon. – Eles se apertaram a mão. — Mais tarde a galera vai se reunir no Central Park para passar um som, se estiver interessada aparece por lá. – E ali a asiática percebeu uma química entre eles surgindo. — Te vejo mais tarde, Rebeca. – Como ele sabia o nome americano de Hayoon? Será que havia perguntando sobre ela? Só poderia.        



Gu Hayoon
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Srta. Yoon Gu
Aula de Ballet Clássico I - Turma A

IMPORTANTE:


O verão definitivamente havia deixado Nova Iorque, tanto que o clima começava a esfriar um pouco. Hayoon estava tão nervosa que havia retornado ao seu dormitório três vezes, sempre se esquecendo de alguma coisa. Havia invadido uma sala de aula que não era a sua e aguentado os risos e olhares dos outros alunos. O problema da NYU era que o campus inteiro ficava espalhado pela cidade, o que significava que ela sempre entrava em lugares errados e se perdia por todo o Central Park.

Quando finalmente conseguiu encontrar o prédio de dança, estava tão atrasada que a aula já havia começado. Era tão comum acontecer aquilo com os alunos calouros que a professora de origem africana nem se importou. A garota correu para o pequeno banheiro feminino e trocou as roupas quentinhas por uma de malha fina e os sapatos por um par de sapatilhas pretas. Quando se juntou aos alunos, quase não teve tempo para se aquecer corretamente, fazendo movimentos tão rápidos que o seu corpo ao invés de se sentir energizado ficou relaxado.

— Sejam bem vindos a nossa primeira aula de Ballet I. – Explicou a docente calmamente. — Para todos os alunos de música que se inscreveram nesse programa, meus parabéns. Som e movimentos estão sempre conectados e um não existe sem o outro. Um artista que não sabe se expressar corporalmente nunca será um artista completo. – A mulher vestia uma roupa parecida com os alunos, mas o que a fazia se destacar além da idade madura aparente, era a sua postura profissional. Seu corpo era esguio e bem alongado, uma postura que realmente Hayoon invejava. — Nos próximos seis meses vocês aprenderam comigo o conceito de postura, movimento e técnica. E quando vocês forem cantar, verão que a expressão facial será melhor.

Ela juntou os alunos em um círculo e os fizeram se agachar. Um por um ela recomeçou o aquecimento pré dança, testando a elasticidade de cada um. A cada careta de alguns alunos Hayoon sentia mais medo, sabendo que chegaria a sua vez e infelizmente ela não era tão flexível quanto se esperavam dela. Em posição borboleta, a docente se aproximou da garota e colocou as mãos suavemente em ambos os joelhos, mal forçou e a asiática já estava fazendo caretas de dor. E a tortura não terminou, pois todos foram testados deitados de barriga para cima, de lado. A impressão que a garota tinha era que não adiantou suas aulas de dança no ensino médio, seu corpo mal parecia a de alguém que dançava desde os quatorze anos de idade.

— De pé! – Ordenou a docente e a coreana foi uma das que mais demorou devido as dores nas articulações. — A cada semana irei testar a flexibilidade de vocês, então nada de relaxarem fora das minhas aulas. O ballet requer um corpo flexível, musculatura firme e uma postura agradável. – Aquele comentário foi feito ao ver Hayoon quase encurvada. — Não irei explicar o conceito do ballet para vocês, afinal todos sabem que a posição correta de qualquer movimento é o de dentro para fora. Os pés sempre na primeira posição, peito de pombo e bunda para dentro. – Hayoon riu daquelas expressões. — Agora, todos para a barra. Quero testar vocês e saber de que ponto iremos começar a trabalhar nesse primeiro semestre. – Ela bateu palmas energeticamente. — Vamos! Vamos! Tempo é dinheiro!

Hayoon se aproximou da barra extensa que cabia todos os alunos daquela turma, quinze jovens adultos no total. A mulher professora recuperou um controle remoto e apertando alguns botões fez soar uma música agradável, instrumental e clássica. O som deixava uma caixa quase escondida no canto superior da sala espelhada, quase da mesma cor que a parede, motivo pelo qual a asiática não a havia enxergado antes.

— Todos de frente para a barra! – Ordenava a docente e todos a obedeciam. — Pernas alongadas, pescoço ereto e abdômen retraído. — Hayoon preferia os termos de antes, era engraçados e melhores de decorar. — Mãos na barra, meia ponta. Empurrem essa ponta e não deixem o calcanhar irem para fora, alinhem esse dedão e tornozelo. – A sul coreana já estava deixando o tornozelo relaxado para fora. — Subam em sete tempos, descansam em dois tempos e subam novamente em sete tempos. Vamos lá! – E contanto bem alto, a docente seguia de aluno por aluno, observando a postura e gentilmente forçando a coluna de alguns a se alinharem para o alto. — Srta. Yoon Gu – Ela chamou o nome de Hayoon a fazendo se perguntar como a professora já conhecia o seu nome. Mas, quem não conhecia os Gu, não é mesmo? — É na minha contagem. Não precisam ficar desesperado, pessoal.

E aula prosseguiu naquele exercício, fazendo as panturrilhas da menina começar a protestar de dores.

— Agora quero um demi plié lateral da barra. Mãos na frente do corpo. – Ela batia palmas e aquilo começava a incomodar a asiática. Não era possível toda aquela animação em uma aula de ballet. — Preparados? Estendo em um, dois, três e quatro... – Ela contabilizava cheia de energia, observando de perto cada aluno. — Agora quero um gland plié bem alongando, subam esses braços na quarta posição, retirem as mãos lentamente da barra, deslizam os pés e encerram na primeira posição dos pés, braços na quinta posição. – Ela ditava aqueles movimentos tão rapidamente, que Hayoon só podia confiar na sua memória, fazendo um passo atrás do outro acreditando que havia aprendido certo na escola. — E podem descansar por dois minutos e retornaremos com os mesmos movimentos desde o início lá no demi plié.

E naquele meio tempo a menina aproveitou para correr até a bolsa, puxando uma garrafa de água e bebendo rapidamente, mas somente um pouco para não encher demais a barriga. Já havia colocado a garrafa na bolsa quando a docente anunciou o fim do intervalo. De volta para barra, ela ficou de frente, repetindo os mesmos movimentos iniciais e tomando cuidado com os erros que havia cometido no início. A música havia assumindo uma duração mais curta de cada nota, fazendo assim os movimentos ficarem mais rápidos. E ao final de todo o círculo daqueles exercícios, a música assumiu um tom ainda mais rápido, fazendo os alunos rirem. Hayoon já se imaginava mexendo a bunda quando a canção se tornasse como um rap, mas aquilo não aconteceu. Depois de repetir dez vezes em tons diferentes, a docente anunciou mais um intervalo e uma diagonal com os movimentos mais básicos para iniciantes.

Quando terminou a aula a asiática estava somente o bagaço. Seu corpo estava exausto e todo dolorido, havia sido recomendada a não tomar anestésicos, afinal o corpo precisava se acostumar com as dores até que um dia não sentiria mais tantas dores como no início. No extenso corredor do prédio, ela observou pela imensa janela os alunos da sua turma anterior deixando o prédio com violão, um teclado portátil e alguns objetos musicais nas mãos. Até onde ela sabia havia sido convidada para “passar um som” com os novos colegas e a resposta correta seria: Será que meu corpo me permite chegar até lá?



Gu Hayoon
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S
SEOULITE
Avaliação



Gu Hayoon, sua escrita é simples, mas interessante na mesma proporção. O que tenho de comentar com certeza é que foi um texto agradável de ler e, portanto, não há razões para não lhe dar a pontuação máxima. — 3 pontos de canto + 3 pontos de dança + 4 pontos de carisma.

Hoobae
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