Ele imaginava o que o garoto queria lhe dizer no momento em que chegou ao corredor e deu de cara com Woo Jin parado com seu secretário. Ele vinha saindo com Na Gun Woo  e Honda Kyoko havia muito tempo, até onde Jeong Suk sabia. Indo até a casa de Aikyo Shin e outros lugares. É claro que o Kim não era idiota e não estava alheio a possibilidade de que algo poderia estar acontecendo, como ele estar saindo com alguém ou coisa do tipo. Então, abriu a porta e indicou para que o garoto entrasse antes de segui-lo. O indicou um espaço qualquer no grande sofá que ficava no meio de sua sala e sentou-se no outro, de frente para o jovem.

— Nam Woo Jin. Seu debut foi bom, rendeu bons resultados pelo que me lembro. E você tem descumprido seu contrato, saindo sem permissão. Então. O que o traz até aqui? — olhou-o calmamente, coçando o maxilar com a ponta do dedo. — Seria uma garota, por acaso? — deu uma pequena pausa, pensando na confusão em que KY havia metido So Hee não muito tempo antes. — Ou um garoto, quem sabe.

O "problema" de ser criado cercado de mulheres é que Jeong Suk realmente acabava sendo sensível demais e ele sentia pena de todas aquelas crianças. Não era um problema realmente. Ele gostava de ser como era, mas para os outros o tornava menos... homem. Mas a pena que sentia dos seus agenciados, bem, era essa, para começar, a razão pela qual ele não cobrava tanto deles com as normas dos contratos desde que seus trabalhos estivessem sendo bem feitos. Não via necessidade de privá-los de um pouco de diversão ou de coisas normais de sua idade se estavam trabalhando bem e de maneira decente. Um suspiro pesado passou por seus lábios, apertando a testa enquanto pensava no que fazer. Se estourasse por aí que Woo Jin estava namorando... o quão bem as notícias poderiam ir? O quão errado as coisas poderiam dar? Sua cabeça começava a doer. Nem mesmo So Hee havia conseguido acalmá-lo na noite anterior e ele duvidava que alguma coisa pudesse.

— Eu não acho que dê para controlar o que sente, mas isso não teria acontecido se você não tivesse saído. E agora você precisa continuar a sair para vê-la, não é? — suspirou pesadamente. — Qual a idade dela? Ela trabalha? Com o que trabalha? — será que poderia empregá-la na equipe? Mas haviam restrições sobre funcionários da empresa com idols. Certo... e se ela fosse uma terceirizada? Talvez... talvez assim não fosse problema. Mas a depender da idade... ele forçou a cabeça em busca de quem era a pessoa até lembrar-se de uma garota pequena e que não parecia ter já terminado o colégio nem em um milhão de anos. Oh. Certo. Mas ela era anônima, não era? Ninguém precisaria saber sobre ela. Com quem ela estava namorando. Não podiam expor uma pessoa não midiática sem sua autorização. — Eu acho que tudo bem se vocês não disserem quem ela é. Você, nem ninguém. E se não deixarem o rosto dela vir a público, francamente, ela parece ter doze anos e a última coisa que eu preciso é que você seja acusado de pedofilia. Ou de estar envolvido com uma menor. E até provar que ela realmente tem idade pra consentir qualquer coisa... — apertou a testa.

— E acho bom que vocês não queiram se casar logo. Ou ter filhos. Ou... — respirou fundo, movendo a mão em sinal de descrença. — Você tem dias de folga, não é? Mesmo dentro da empresa. Pode usar eles para sair, mas no restante do tempo, se quiserem se falar é por celular. Ou ela vindo aqui. Não quero que saia nos dias que tiver compromisso e quando sua agenda estiver cheia, não se atreva a pensar em vê-la.