[RP FECHADA] So what?
Aikyo Ji Sook
Too Old To Be An Idol Contestant
Qui Nov 19, 2020 9:22 am
Local: Ponte Cheongdam
Data: 12 de Novembro de 2020
Participantes: Choi Jae Hwan e Moon Ji Sook
Detalhes: Conteúdo sensível.
Aikyo Ji Sook
Too Old To Be An Idol Contestant
Qui Nov 19, 2020 10:16 am
I wanna start this out and say I gotta get it off my chest Got no anger, got no malice Just a little bit of regret Know nobody else will tell you So there's some things I gotta say Gonna jot it down and then get it outAnd then I'll be on my way |
"Eu… fiquei com um cara. Bom, aquele cara..."
Sook enviou a mensagem para Jae Hwan, mantendo-se sentada e encolhida próxima da janela de seu quarto. Jay sequer havia lhe respondido quando ela enviou outra mensagem.
"Nós transamos. E eu estou atrasada."
Bloqueou o aparelho e trocou a calça de pijama por uma saia plissada na cor cinza. Colocou o suéter vermelho de gola alta por cima da blusa de alças finas do pijama e vestiu um casaco grosso antes de colocar o celular com o cartão e sua carteira na pequena bolsa que iria levar consigo.
Aproveitou que seus pais estavam deitados na sala, em uma espécie de sono profundo e calçou as botas compridas antes de descer as escadas da entrada e correr diretamente para a avenida. Iria atrás de uma farmácia. Faria um teste de urina. Iria dar certo. Tinha de dar certo. Ela não estava segurando a vontade de ir ao banheiro há duas horas por nada.
Ainda assim, não conseguia evitar de morder o lábio e inspirar profundamente em busca de manter-se calma e extravasar a própria ansiedade. Caminhou o mais longe possível de sua casa por entre ruas e avenidas movimentadas até encontrar uma pequena farmácia em uma rua a ermo. Ali havia apenas um senhorzinho e uma mulher quase tão idosa quanto. Àquela altura, Sook já estava prestes a estourar com a vontade de urinar.
—
E foi assim que ela acabou no pequeno cubículo com uma luz de um tom branco azulado e azulejos bege. Primeiro ela fez xixi no potinho e, então, lavou as mãos antes de mergulhar as pontas dos testes de gravidez na urina, descartando o excesso e o que não lhe seria mais útil.
Lavou as mãos e pegou o celular, vendo a mensagem de Jae Hwan.
"Não usaram camisinha? Você não toma pílula? Sook..."
"Eu usei camisinha… mas não tomo pílula."
"Aish. Não me julgue. Eu… você sabe."
"Queiram os deuses que você não tenha dado para um babaca."
"Oppa…", Sook hesitou, encostando-se na porta de madeira fria. O medo a deixava gelada, mesmo com todas aquelas roupas quentes. "Ele não me ligou. Não me procurou para mais nada… acho que ele conseguiu o que queria."
Admitir aquilo era vergonhoso. "Panaca" havia sido seu primeiro namorado, namorado sério e não um breve affair. Ela mantivera a relação de quase um ano em segredo, mesmo que ele parecesse bom. Mas tão logo eles haviam transado, ele apenas sumira.
"Por favor, me diz que não foi esse o primeiro cara com quem você fez sexo."
Ela começou a responder. Mas então percebeu que o tempo já havia passado. Bloqueou o celular e o guardou, percebendo duas linhas em todos os testes. Umas mais claras, outras mais marcadas. Mas estavam ali. Sook os jogou no lixo e saiu do banheiro, agradecendo ao casal. Então, passou a caminhar, aparentemente sem rumo até se ver parada sobre a ponte do rio Han. No meio da ponte.
Carros passavam atrás de si e seu rosto congelava com o choro silencioso que escorria por seu rosto. Yoo Jong Hyun poderia até ter sumido pelo último mês. Mas ele definitivamente teria de falar com ela agora. O encontrou na lista de contatos e ouviu o telefone chamar até cair. Limpou o rosto e colocou para chamar outra vez, ouvindo o mesmo som para deixar um recado gravado. Novamente, desligou. Inspirou de forma profunda e mordeu o lábio antes de ligar uma terceira vez.
Estava se sentindo irada. Não queria ter de se humilhar daquele jeito. Mas estava grávida. E era dele. Porque Jae Hwan estava certo. E embora Jong Hyun não tenha sido nem o seu melhor beijo, fora ele quem tirara sua virgindade. —
— Eu estava dormindo. O que você quer, Ji Sook?
—
— Eu não vou mais me encontrar com você. Achei que meu comportamento tinha deixado claro que não quero mais nada com você.
—
—
—
Seu peito doía como se ela tivesse sido esmagada por uma prensa. Mal conseguia respirar e não sentia as pernas enquanto se erguia. Não queria dar esse desgosto para os pais. Não queria ser inconsequente ou ferir o pobre do feto que não tinha culpa de nada. Ela levara só duas semanas e meia para perceber o problema. Mas definitivamente parecia que morrer seria sua melhor saída. Então, ela tirou o casaco e o dobrou, colocando-o no chão. O vento frio cortou sua pele através da lã do suéter. Mas ela não parou ali. Removeu a bolsa e as botas, seguindo diretamente para as meias antes de deixá-las organizadas junto ao casaco.
Devia ter se passado mais de meia hora entre Sook começar a chorar e chegar na conclusão de que morrer era sua melhor saída. Ela subiu na grade e fechou os olhos, tomando coragem para pular. Deus, ela tinha tanto medo da água. E ela nem sabia nadar. Se mudasse de ideia… mas como poderia? Foi então que se assustou com mãos frias agarrando suas pernas em um abraço forte e conhecido.
A garota olhou para baixo, vendo o rosto de Jae Hwan contra sua coxa. Da maneira como ele a segurava e forçava o peso de ambos para o concreto, ela tinha certeza de que não poderia pular. E se o fizesse, talvez o levasse junto, mas algo nos olhos do mais velho parecia saber disso perfeitamente bem.
—
— Diga que eu sou o pai. Diz pros seus pais que eu sou o pai. Sook, desce daí. Por favor. Se você pular, eu vou cair junto. Você não sabe nadar. E eu não vou nadar sozinho para a margem. Desce daí — a voz dele se tornou embargada. Sook sentiu as pernas falharem e sentou-se no ombro dele. — Você é o amor da minha vida. Se você morrer, eu morro junto. O que faço sem você?
Ela começou a chorar mais alto, perdendo a força no próprio corpo. Jae Hwan aproveitou-se para puxá-la e se sentou no chão com a garota em seu colo. Ele também chorava, embora ela não soubesse por qual razão. — Podemos dizer para seus pais que eu te convenci a transar comigo… e usamos camisinha, mas falhou. Eu caso com você, Sook. Eu assumo essa criança. Eu te levo para fora do país se você quiser abortar. Eu só não aceito te perder.
Ela levou a mão para o rosto dele. As pontas dos dedos roçando com a suavidade de uma pluma pela cicatriz do rosto de Choi. — Seu pai vai te matar se você fizer isso… se disser que é seu.
— Se você pular, eu vou com você.
—
— Como se eu fosse mudar de ideia porque você fez besteira de outro modo. Sook? Suas opções são infinitas, você tem um ótimo currículo acadêmico, tem o estágio… e ainda pode tirar. Você não quer? Não quer nem pensar sobre? Foi um erro, só um erro. Mas você é a pessoa mais certinha que eu conheço. Um erro, Sook. — Moon abaixou a cabeça e fez um pequeno bico, como se quisesse chorar novamente. — Por favor, não chora. Se não quiser contar aos seus pais, nós só fugimos do país e voltamos casados. — a ideia a fez rir um pouquinho, balançando a cabeça antes de esconder o rosto no pescoço do maior.
—
Ouviu o celular de Jae Hwan e tentou fazer o mínimo de barulho possível enquanto ele conversava com alguém que ela sequer conseguia processar quem seria. De todo modo, olhou para o amigo quando ele tocou seu rosto com cuidado. — Eu disse pros seus pais que você vai dormir lá em casa hoje. Meus pais não estão e assim você não tem que encarar eles. Sentar no chão frio e cheio de germes é bom, mas acho melhor mesmo se a gente for para a minha casa. E eu te compro um celular igualzinho ao seu pela manhã. Vamos?
Sook não protestou, colocou-se de pé, pegou a bolsa e calçou as botas, então, olhando dentro da bolsa, percebeu que havia cometido um erro ao jogar o celular. —
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