business meeting; _{primeira reunião entre manager Kim e HAEUN para acertar os pormenores do debut e primeiros passos de sua carreira.}

Os saltos de Da Hyun ecoavam altos pelo mármore branco do enorme prédio da Rainbow Entertainment, enquanto ela dava passadas rápidas em direção a sala de reuniões em um dos diversos andares.

Manager, era esse seu novo cargo. Ela quase podia ouvir a voz da mãe dizendo: “Yah, por que sair de um emprego bom, Da Hyun-yah? Aigoo, errei com minha filha!” e junto disso sua expressão mais desconsolada. A mãe fora uma mulher que fez o mesmo a vida toda, trabalhava em casas de famílias ricas como empregada doméstica – ela já vira a mulher aceitar humilhações e viu-a definhar pelo trabalho. Mas, ela não queria isso para si mesma.

Abandonou sua empresa anterior com a simples desculpa de que gostaria de estar ainda mais conectada ao mercado de entretenimento. A verdade é que ela via ali uma oportunidade de crescimento sem tamanho, então, ser manager era uma ótima forma de começar.

Ouvia música, mas entendia o básico – para ser sincera, não poderia identificar um dó ou um ré e muito menos de tendências, mas, Da Hyun tinha uma habilidade natural: era boa em negócios e aprendia rápido.

Durante os três primeiros meses de contratada, ela ouvira todos os álbuns lançados nos últimos dois anos e criou planilhas descrevendo pontos fortes, fracos e como foi o recebimento pelos k-netizens (tinha uma parte apenas com números e dados, bem como comentários). Conheça o mercado, era essa sua máxima.

Tinha uma reunião marcada às sete com sua primeira agenciada – estava grata a empresa por tê-la confiado tão cedo uma protegida. E ao mesmo tempo que estava apreensiva, estava ansiosa – um misto de sentimentos que reverberavam em sua expressão séria.

Olhou o relógio e notou que faltavam dez minutos, quando virou o corredor da sala combinada e três passos depois, tocou com sua mão a maçaneta e a abriu prontamente. Teve um leve sobressalto quando encontrou alguém lá, sendo sua agenciada, imaginou.

A jovem deu um sorriso leve e fez uma enorme reverência, cumprimentando a mulher de forma polida. Da Hyun a observou atentamente, enquanto aproximava-se para estender a mão. – É um prazer, Oh Ha Eun! – A manager anotou mentalmente um ponto positivo, já que ela chegou cedo e prezava muito pelos horários. – Sente-se, por favor. Vamos ter uma longa conversa.

As duas se sentaram e a manager abriu a pasta que trazia em suas mãos retirando dezenas de papéis. Ela tinha os documentos da audição da trainee, sua ficha pessoal, sua ficha artística com as notas dadas pelos responsáveis da audição – ela tinha com o que trabalhar.

Da Hyun deu um leve pigarro, limpando a garganta e, então, cruzou as mãos em cima do tampo da mesa de madeira e fitou com intensidade a jovem a sua frente. – Bom, Oh Ha Eun, devo me apresentar formalmente: sou Kim Da Hyun e serei sua manager. – Seus olhos eram firmes fitando a menina, notou uma pequena pinta perto de sua sobrancelha. – Espero que trabalhemos bem juntas. Eu valorizo o trabalho duro e a coragem e farei o possível para te ajudar, espero que faça o mesmo por mim.

A manager ouviu a menina e deu um pequeno sorriso, satisfeita com a resposta e notando o quanto, apesar de tímida, ela era articulada. Assentiu afirmativamente em resposta e olhou para os papéis a sua frente, seu olhar agora se tornou mais frio e perspicaz, era o momento de ativar o modo turbo. – Vamos tratar de negócios agora!

first meeting

interação com a manager kim da hyun

O estômago de Ha Eun parecia afundado em suas costelas, remoendo a si mesmo, enquanto sentia uma dor aguda incomodá-la. Fazia realmente um bom tempo que a jovem não sentia os imbróglios da gastrite crônica, mas a noite insone e a preocupação com a sua primeira reunião oficial em sua empresa – sim, ela fazia parte de uma empresa! – fizera com que a dor voltasse.

Ela estava sentada em uma cadeira de madeira polida em uma sala enorme e branca com detalhes em um bonito tom de rosa, a cor da Rainbow Ent. Havia assinado o contrato com a empresa de entretenimento há quase uma semana, se mudou com suas poucas peças de roupa e livros, já que não podia levar tanta coisa e noite passada foi informada que iria conhecer sua manager e iniciar os preparativos de seu debut. “Se tudo corresse bem”, foi o que lhe falaram.

Alisou os cabelos de forma inconsciente, tentando ficar o mais apresentável que podia. Estava com uma camiseta branca simples, uma calça de alfaiataria azul bem escuro e um scarpin preto – havia levado horas para se arrumar, queria realmente passar uma boa impressão para sua futura manager.

Abriu a garrafa d’água que estava a sua frente e pegou em sua bolsa que deixou descansando em uma cadeira próxima uma cartela de comprimidos, tirou um deles e levou até a boca, tomando bons goles de água em cima. Sabia que a dor pioraria se não tomasse remédio e não tentasse se acalmar.

Ela ancorou os braços no encosto da cadeira e descansou seu queixo, enquanto fitava o céu azul anil e as poucas nuvens que passeavam por ele com o vento. Pensou em Sarang. “Espero que esteja orgulhosa, unnie.”, sua voz ecoava em sua mente. “Realmente, consegui chegar até aqui.”

Agora, pensar na irmã não doía mais como no início, apesar de ainda acordar algumas noites chorando com a lembrança do dia em que a perdera. Sarang era uma ótima irmã, mas em algum momento, ambas perderam uma a outra.

Era o sonho da irmã estar aqui, assinando um contrato com uma empresa e preparando um debut – mas, era Ha Eun que o faria. Era uma forma de honrá-la.

Olhou para o relógio de pulso e notou que ainda faltavam alguns minutos para às sete, o horário da reunião – ela chegou quarenta minutos antes. O primeiro motivo é que realmente não gosta de se atrasar e o segundo é que mal dormira a noite, então, estava acordada bem antes de seu despertador tocar. Decidiu vir logo para a sala ao invés de ficar andando de um lado para o outro no dormitório.

Tomou o resto da água, notando o quanto estava com a garganta seca. Deu um longo suspiro e mexeu a cabeça de um lado para o outro, sentindo os ossos de sua cervical entrarem em atrito e percebeu o quanto estava tensa.

Deu um salto da cadeira, ficando em pé. – Aigoo, estou muito nervosa! Calma, Oh Ha Eun! – Falou em voz alta, ditando as palavras para si mesma. Levantou os braços e alongou o corpo, ficando na ponta dos pés; depois, torceu o corpo para um lado e outro. – Calma, calma.

Virou rapidamente ao ouvir o som abrupto da porta sendo aberta, seu rosto ficou quente em um misto de vergonha e surpresa. À soleira da porta estava uma mulher que dividia a mesma expressão de surpresa que Ha Eun; ela era bonita e usava uma roupa preta elegante, em suas mãos havia uma pasta grossa. Prontamente, a menina sorriu e ficou ereta, colocou as mãos ao lado do corpo e fez uma enorme reverência. – Annyeonghashimnikka. Eu sou Oh Ha Eun, é um prazer conhece-la, sunbaenim! – A voz de Ha Eun saiu quase cantada e notou com surpresa quando a mulher sorriu e se aproximou para lhe estender a mão.

Como fora ensinada, mais do que rapidamente estendeu a mão direita, enquanto a esquerda segurava com delicadeza o antebraço – já era um grande sinal a superior ter lhe dado essa aproximação, faria de forma polida para honrá-la.

Assentiu dando um sorriso leve quando a mulher pediu para que se sentasse, ela percebeu que estava tremendo quando colocou as mãos sob a mesa, então, recolheu-as junto ao colo e se recostou ficando com a coluna ereta e voltada para a superior.

“Manager Kim”, Ha Eun refletiu ao ouvir a apresentação formal da recém-chegada. Ela havia sido informada que de Kim Da Hyun era nova na empresa como ela, mas era muito inteligente e esforçada e gostou disso.

Ela sabe que a indústria é cruel, sabe que não é fácil, mas ousou tentar mesmo assim. Ela precisava tentar, então, ficou satisfeita ao ouvir a manager.

– Manager Kim, eu abri mão de muita coisa para estar aqui e não apenas por mim. Estar aqui hoje me ajuda a reconhecer em mim mesma coisas boas. Eu serei fiel a você e irei trabalhar duro para entregar todo o meu coração e alma em meus projetos. Farei valer a pena a confiança colocada em mim. Então, espero que possa cuidar bem de mim! – Ela proferiu com articulação, depois fez uma nova reverência e sorriu em resposta ao sorriso da manager, quase como se fossem cúmplices.

Seu olhar se voltou para os papéis que a manager trouxera e ela assentiu afirmativamente sua anunciação. Era exatamente para isso que estava ali: negócios. Aquele era o início de sua carreira e estava pronta para o que viesse. – Ne, sunbaenim! – Respondeu com firmeza.

business meeting; _{primeira reunião entre manager kim e haeun para acertar os pormenores do debut e primeiros passos de sua carreira.}

Os olhos experientes e afiados da manager passavam pelas folhas – já conhecia cada uma das palavras, visto que passara a madruga lendo e relendo as informações, após uma noite insone. Havia anotado mentalmente sobre não tomar mais café após as seis da tarde, já que isso causou uma noite agitada para si mesma.

– Bom, Ha Eun-ssi... Preciso ser sincera com você – ela começou a falar, voltando a fitar a agenciada. Teve vontade de rir ao ver a expressão assustada da menina a sua frente, então, continuou para não a assustar. – Eu sou boa com negócios... Já deve ter visto minhas considerações – ela umedeceu os lábios e continuou. – Porém, não sou boa com música e afins. Então, deixarei isso nas suas mãos. Aqui na Rainbow o idol tem uma liberdade criativa grande e espero que você dê o seu melhor. Eu cuidarei de tudo que envolverá esse universo, mas você ficará a cargo do criativo. – Da Hyun sorriu e fez um sinal de OK com a mão direita. – Ok?

A agenciada sorriu e repetiu a ação parecendo aliviada com a informação.

– Gostaria que me informasse sobre suas referências musicais, seu estilo favorito e todo o seu ‘eu’ artista até aqui. – A manager falava de forma prática. – Tenho tudo isso no papel, mas quero ouvir de você!

Da Hyun era do mundo dos negócios e por isso era ótima em observação. Notou que a menina a sua frente tinha muita certeza sobre sua música, agindo até diferente e tirando a expressão apreensiva de seu olhar e isso era bom – autoconfiança era essencial para esse ramo, principalmente, em quem você é quanto artista. Ouviu com atenção todas as considerações de Ha Eun, fazendo anotações nas folhas de papel.

Depois da reunião com os executivos e diretores na noite passada já tinha uma boa ideia do rumo da Ha Eun. Assistira o vídeo de sua audição e sabia que sua voz era potente, isso fez com que a empresa crescesse os olhos para ela, além de tocar piano com maestria e ter uma beleza natural. Eles queriam apostar nessas características dela.

– Pelo visto, seus gostos musicais e experiência são ideias para o que temos... – A manager estendeu alguns papéis para ela. – Essas músicas são as que pensamos para seu debut. São especiais, com letras fortes e que trabalham diferentes potencias vocais. Queremos trabalhar nisso em você, nesse soul que há em sua voz... – Sua voz era firme, não elogiava à toa ou para fazer média, ela realmente acreditava que havia muito naquela jovem menina. – Seus treinos iniciam hoje, amanhã cedo você tem reunião com o produtor musical para conhecer as músicas. Vamos trabalhar nelas para lançar um mini álbum especial e bem diferente, tanto em questão técnica – queremos elevar o jogo, quanto em estilo mesmo.

A manager iniciou uma série de informações sobre a agenda da iniciada, os projetos de divulgação e futuros eventos. Ambas conversavam de forma rápida e concisa sobre os próximos passos e, em questão de minutos, estavam conectadas – Ha Eun completando e dando ideias a manager. Kim refletia consigo mesma que aquela parceria tinha grandes chances de dar certo.

– Também devemos falar sobre o fandom. – A manager salientou, enquanto se recostava na cadeira. – Essa é uma parte importante para o idol. Nome, cor, símbolos... Aliás, vi aqui que ainda não tem um nome artístico. Teria algum em mente?

first meeting

Interação com a manager kim da hyun

A trainee permanecia atenta, fitando com intensidade e totalmente focada no que sua manager falava – mostrando o interesse que ela realmente tinha. Sabia que havia tido sorte na audição, não porque não acreditava em seu talento, mas porque sabia que não era exatamente comercial. Não nos moldes tradicionais da indústria.

Ficou apreensiva ao ouvir a manager alterar o tom de voz e fita-la com intensidade, provavelmente levando esse súbito sentimento a sua expressão que se tornou até engraçada. Sentia um zumbido ao fundo de seus ouvidos, enquanto aguardava a mulher continuar.

Por fim, depois de tê-la ouvido, soltou um suspiro aliviada – quase ficando envergonhada pelo abrupto sentimento de medo e frustração que tomou conta de si antes de ouvi-la dizer que ela ficaria com a parte criativa, enquanto ela cuidaria dos negócios. Ha Eun já ouviu falar sobre a maior liberdade que a empresa possui, mas realmente não esperava por isso – não à toa que a Rainbow foi a única empresa em que ela fez audições.

A jovem imitou o sinal positivo da manager e sorriu de orelha a orelha. Ela notou o quanto a mulher, Kim Da Hyun, era séria e parecia realmente esforçada – ficou feliz com isso. Seu maior medo era ser abandonada no porão da empresa e encontrar pessoas ruins pelo caminho. Naquele momento, ela rezou, agradecendo pela manager e pedindo para que ambas continuassem bem.

– Oh, ne! – Ha Eun respondeu com prontidão a manager ao ser perguntada sobre seu estilo. Ela deu um leve pigarro para limpar a garganta, endireitou-se na cadeira e começou de forma prática. – Toco piano desde os dez anos, então, tenho boa base teórica; leio partituras, consigo tirar tom e tenho um bom ouvido. Cantar veio quase na mesma época, eu cantava para me ajudar a entender o tempo da música. – Ela continuou com fluidez. – Meus estilos favoritos, tirando a clássica, é claro, é ballad, r&b, jazz, pop com batida mais melódica e é por conta realmente da qualidade técnica desses estilos. Já fiz algumas composições, com o piano é muito mais simples para mim. Quanto a letra, arrisquei apenas uma vez, mas seria bom estudar mais sobre.

Ha Eun encontrou na música alento – fora ela que salvou a menina em seu momento mais obscuro. Quando estava triste ia até o conservatório – a professora Kang lhe deu uma chave – e ela passava horas tocando e cantando. Foi a música que a ajudou a seguir após a perda de Sarang e foi ela, também, que lhe deu um objetivo de vida. Ela estava ali por isso.

– E quanto a dança, fiz aulas de ballet e contemporâneo por um tempo, mas não era meu foco, fiz mais para adquirir consciência corporal, já que ajudava no piano. – Ela completou com sinceridade.

Levantou as mãos trêmulas e pegou os papéis que manager Kim lhe estendeu, neles estavam as letras e partituras de três músicas. Suas músicas, ela pensou com carinho. Ficou sem voz por uns segundos, sentindo um torpor estranho tomar conta de sua mente, como se finalmente sua ficha tivesse caído. Ela realmente iria debutar.

Voltou sua atenção mais uma vez para a conversa, agora, ela tomava rumos muito mais técnicos e Ha Eun imergiu em uma conversa densa sobre sua carreira, como se uma chave tivesse sido virada em sua mente. Sua manager era prática e isso deixava tudo mais fácil e apesar de ser novata na indústria como solista, ainda apenas uma trainee, Ha Eun era fã e conseguia adicionar detalhes ajudando a complementar sua manager.

Ela entendia o quanto ser fã era importante. Ainda lembrava da irmã madrugando para acompanhar lançamentos de seus artistas favoritos, das filas que enfrentou com ela para comprar os goodies e de como as redes sociais influenciavam e muito. Não conseguia ainda imaginar como seria consigo, na verdade, mal acreditava que um dia seria ela naquele local e nem sabia se queria esse pedestal. Queria apenas fazer música para pessoas como ela.

Ela não viu o tempo passar, mas já estava com os músculos rijos, quando recostou na cadeira imitando a manager. “O fandom... Será que terei um?”, ela pensou distraída por um segundo e como se respondesse sua pergunta, a mulher a sua frente falou sobre isso. Ela arregalou os olhos surpresa, mas, então, voltou a refletir principalmente quando questionada de seu nome artístico.

– Pensei em manter meu próprio nome... – Ela falou com certa insegurança. – HAEUN, tudo junto. Meu nome é muito importante para mim e me lembra quem eu sou e o motivo de estar aqui. Então, manager-nim, gostaria de mantê-lo, por favor! – Ela fez uma leve reverência em pedido. – E quanto ao fandom... Pensei em ser DIAMONDS? Sabe? O diamante é símbolo da durabilidade e consistência, ele é representa o amor e compromisso entre duas pessoas, como eu gostaria de representar para as pessoas que vão me apoiar... Não sei? Acha que funciona? – Ela sorria envergonhada ao ditar seus pensamentos. Apesar de ainda ter incertezas sobre sua carreira e se sequer haverá alguém apoiando-a um dia, não podia negar que não havia pensado sobre seu fandom e até fez pesquisas para encontrar aquilo que queria traduzir. Esperou a manager com expectativa.

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A mulher ouviu a agenciada com atenção absoluta e notou, pela primeira vez, o quanto ela era apenas uma criança ainda. A insegurança na voz, as mãos trêmulas que tentava esconder, mas a força com que se colocava e tentava explicar suas razões e o quanto valorizava sua música – isso era bonito de se enxergar em Oh Ha Eun.

Da Hyun sabia que usar um nome artístico era estratégico, a indústria era assim, mas após ouvir os motivos da menina, ela assentiu. Era melhor assim. A manager sabia que em algum momento ela iria ser consumida pela indústria, pelo mercado... O mundo dos negócios era assim, no ramo do entretenimento ou não, então, era melhor que mantivesse seu próprio nome para que um dia pudesse se reconhecer.

– HAEUN é um ótimo nome. Curto, com um bom significado que pode levantar um dos seus valores quanto artista... Vamos mantê-lo de forma estratégica. – Ela ditou, enquanto anotava suas considerações, sem revelar o principal motivo para isso. Guardaria essa verdade para um momento melhor, sabia que não podia elogiar e nem adular demais alguém, eles ficavam moles demais – e HAEUN precisava ser firme nesse início.

A manager ouviu com atenção as ideias da trainee e realmente gostou. Cores, nome e símbolo eram a base de todo fandom e era o engajamento do fandom que garantia o sucesso do idol – era nisso que Da Hyun iria focar, queria despender tempo e energia em fazer o possível e impossível para crescer a fanbase de Ha Eun.

Ela seria presença constante nas redes sociais, anotar cada pequeno comentário e dica deixada pelos k-netizens e iria trabalhar em um branding bem estruturado para a agenciada.

– Na verdade, Ha Eun-ssi, achei uma ótima ideia. – Ela ditou, pegou uma folha em branco e rabiscou uma forma de diamante. – Seria interessante esse símbolo e esse conceito, o nome também... Esse será seu compromisso com a fanbase. Além do significado ser forte e ótimo para trabalhar seu branding. Precisamos alinhar isso ao conceito do seu lançamento, mas é uma ótima ideia. E quanto as cores... – Ela tirou da pasta um conjunto enorme de paletas de cores e estendeu para a menina. – Aliado ao diamante, podemos trabalhar o brilho translúcido dele que é ligado à pureza, bondade, gentileza – pega esse gancho – com outra cor, pensei em um azul... Ah, que tal o ciano? – Kim falava de forma rápida ao ter um insight e mostrou a Ha Eun. – Ela fica entre o azul e o verde e segundo a psicologia das cores, ela traz paz, sossego, tranquilidade é um bom contraponto.

As duas iniciaram um papo descontraído, ao mesmo tempo que importante, sobre o futuro fandom e o que ambas esperavam. Da Hyun notou um brilho quase ingênuo em Ha Eun, mas soube que isso poderia ser usado a seu favor, enquanto ela mesma se certificaria de que ninguém usaria isso contra ela. Da Hyun iria protege-la. Pensou na mãe da menina e de como ela estaria se sentindo ao ter a filha tão nova longe de casa.

A conversa durou pouco mais de uma hora e após todos os pontos importantes terem sido acertados e decididos, a manager pegou o celular e entrou na agenda do dia – oficialmente, os compromissos da trainee iniciariam.

Ha Eun ajudou-a a guardar tudo e ela saíram juntas da sala, após Kim encerrar a reunião. Agora, a agenciada iria trocar de roupa para iniciar seus treinos e dali para frente a sorte de ambas e o futuro delas na indústria estava lançado.