Tae Hyun havia jogado um pouco de futebol na época do colégio, e era um dos poucos esportes que o Oh ainda gostava de acompanhar. Agora ele precisava colocar à prova o que havia aprendido quando jogava no time da escola no ensino fundamental, e na frente de uma infinidade de pessoas. Uma infinidade de pessoas que gostavam e estavam torcendo por ele. Sua cabeça parecia em parafuso naquele momento.

E como se fosse pouco, ainda tinham seus hyungs, e certamente estavam contado com ele para conseguir chutar ao gol. Ele e Shin hyung haviam tirado no pedra papel e tesoura quem iria chutar três vezes. Quem perdesse, ia ganhar o chute extra. Não havia ficado surpreso com o fato de perder, mas também surgiu uma leve pressão na sua cabeça.

Respirou fundo quando sua vez de chutar chegou, observando KY no gol e dando uma olhada rápida para seus hyungs e Jaemin e Namu. Ele queria muito ir bem. Olhou então para a plateia, mas se arrependeu no momento que o fez. Devia ter olhado apenas para o gol. Deu um sorriso nervoso para a direção de onde ouvia seu nome ser gritado mais alto, e após um pequeno aceno, voltou a se concentrar na trave. Mas já era difícil. Então, fez como aprendera, tomando alguma distância e dando uma corrida curta até a bola, chutando-a então na direção do gol.

Depois do primeiro chute, o Oh deixou seus próprios sentidos se perderem. Sua cabeça se fechou no próprio mundo e ele se concentrou apenas em chutar. Lhe restavam duas chances e ele precisava usá-las bem. Se para o bem, poderia comemorar; se para o mal, poderia fingir que não existia por uma semana ou um mês. Tudo ia depender do desenrolar do resto daquela final. Mas o resultado não importava ainda.

Ele ainda queria ganhar, então se esforçou para se concentrar somente na bola e no gol. Se o solista na trave conseguisse defender, bem; se não, bem também. Talvez até melhor. Olhou para a bola quase como se a pedisse para balançar a rede, como ele vira tantos jogadores incríveis fazerem a vida inteira. Na cabeça dele, ele era tão bom quanto Messi ou Mbappé. Era isso que importava.

Concentrou-se outra vez, pediu a Deus que o ajudasse e, então, deu alguns passos para trás, repetindo o que tinha feito anteriormente. Talvez funcionasse. Precisava funcionar. Os grandes jogadores sempre faziam aquilo, certo? À distância certa, chutou outra vez, sem parar para prestar atenção de conseguira ou não.