Jisook tinha, praticamente, uma rotina fixa. Sair da aula. Passar na cafeteria. Comprar café e comida para Shin, assim como algo doce para si. Então, seguir para o auditório com as chaves dos professores era quase uma rotina. Ela apenas esperava que Shin chegasse para trancar as portas. Então, fechava as que poderia e deixava apenas uma para que ele entrasse. Se sentou no chão, no palco, e cruzou as pernas, olhando o celular com atenção.

A voz de Shin a despertou e fez com que ela erguesse a cabeça para olhá-lo. — Oi! Tranca a porta, hm? — sorriu largo para o maior, lhe mostrando o copo com café. Ela realmente ficava mais feliz naquelas horas do dia. Porque podia ficar com ele. Havia, finalmente, levado o presente de natal que comprara para ele. Se colocou de pé e cortou a distância até o mais velho, o abraçando com força. — Parabéns pelo debut! — ela gostava de ficar grudada no mais velho pelo maior tempo que pudesse. Então, não reclamou de não soltá-lo por qualquer razão enquanto iam de volta até o palco, apenas se ajeitando sobre as pernas do mais velho. — Hm! Eu gostei! A maioria é bem animada e muito legal. Acho que só uma delas não foi lá muito… algo que eu goste. Mas é que parece estranha. De todo modo, você ficou contente?! — perguntou com um meio sorriso, colocando a pequena mochila no próprio colo antes enquanto esperava a resposta do maior. — Preciso te dar uma coisa.

O carinho que ele fazia em sua bochecha a deixava contente, embora sua mão ainda procurasse pela caixa com o álbum - que já tinha algumas fotos - e também pelas caixa da câmera com todos aqueles… acessórios que vinham com ela. Jisook ainda não entendia porque havia tanta coisa. Mas de todo modo, sorria com a realização de que o mais velho gostava do que fazia agora, ainda que aquilo fosse um empecilho para que pudessem ficar juntos. A pergunta dele, com a confusão que estampava seu rosto, lhe fez rir baixinho e encolher um pouco os ombros, puxando as duas caixas juntas de dentro da bolsa. — Seu presente  de natal, hm? Acho que agora é um bom momento pra te entregar. — se esticou para beijar o queixo do maior e o observou com um sorriso animado. Ela o observou com um sorrisinho e mordeu o inferior levemente. — Oppa, não quer ver as fotos primeiro? Até deixei algumas que o Jay tirou de mim bêbada no ano novo. — murmurou, rindo baixinho antes de concordar devagar. Ele poderia usar a câmera se já quisesse. — Faça um bom uso, hm? — murmurou com um sorrisinho, mordendo o interior da bochecha enquanto o observava com atenção.

Virou-se com o queixo sobre o próprio ombro e esperou que ele tirasse a foto antes de se endireitar e o observar guardar a câmera. — Hm. Tem muitas fotos de todo mundo. Mas eu acho que não tem muitas das que tirei porque eu estava bêbada demais… — admitiu com um sorrisinho, mordendo o inferior com certa força enquanto observava as fotos. — Hm. Tem fotos da viagem com a Mirai também… hm. Eu acho que tiro fotos demais… — resmungou baixinho, levando uma das mãos até a cabeça do maior, acariciando devagar seu couro cabeludo. O ouviu com certa alegria, mas sentiu um aperto no peito ao ouvi-lo dizer que sentia saudade de casa porque não havia nada que ela pudesse fazer por ele. Apenas apertou um pouco a mão livre sobre a dele e continuou com o carinho. — Oppa… não precisa agradecer, hm? Encha o álbum e muitos outros com fotos suas, dos garotos e das viagens, certo? — murmurou, se virando para deixar um beijo estalado em sua bochecha.

— Você devia comer… ou ao menos beber seu café. — resmungou baixinho, passando os dentes pelo inferior com certa força. Franziu a testa quando ele disse que tinha algo a falar com ela, parte de sua cabeça pensando no pior cenário possível: ele havia contado sobre ambos e haviam dito que eles deveriam terminar. Ainda assim, algo assim não o faria sorrir, certo? Manteve os olhos fixos no mais velho, o ouvindo atentamente. Mas ele parecia nervoso, o que a fez engolir em seco. Talvez não fosse mesmo algo bom, certo? O pensamento lhe ocorreu quando ele inflou as bochechas e ela queria dizer que tudo bem, que ele devia fazer o que precisava e que ela esperaria até que pudessem ficar juntos… porque ela esperaria.

Relutou contra o bolo que queimava sua garganta e contra a vontade de abaixar a cabeça e chorar. Não era possível que ela pudesse culpá-lo de qualquer maneira. Eles haviam se visto uma única vez antes dele ter feito a audição e nenhum dos dois poderia imaginar, certo? Mas ali estava ela. Querendo chorar e ficar chateada, ainda que seu rosto permanecesse impassível. Quando ele voltou a falar, ela sentiu-se mais confusa. — Namorar? — murmurou, a voz soando mais fraca do que gostaria. Ela não sabia se seria capaz de entender aquela pergunta. Limpou os olhos quando sentiu ficarem cheios e passou os braços ao redor do pescoço do mais velho, com força.

— Oppa… aish — fungou baixinho, deixando uma risada confusa passar pelos próprios lábios. Estava tão aliviada que qualquer autocontrole havia ido pelo ralo. — É claro que eu quero ser sua namorada, Shin… — se afastou um pouco para olhá-lo e deixou um selinho demorado sobre os lábios do maior.  — Eu amo você. — sussurrou baixinho, colocando as mãos sobre os rosto dele com cuidado. Acariciou as bochechas do mais velho, beijando-o sem pressa alguma, ainda que parecesse que não o beijava havia muito tempo. Não havia hesitação em permitir que a língua dele deslizasse por seus lábios, levando uma das mãos até os cabelos curtos do maior, puxando-o mais para si. Ela o queria perto, tão perto quanto pudesse. Por isso, não hesitou em virar-se para enlaçar a cintura alheia com as pernas. Um suspiro baixo escapou pelos lábios de Jisook mesmo antes de Shin se afastar, os braços repousados ao redor de seu pescoço com certa delicadeza. Deslizou a ponta do próprio nariz pela pele de seu rosto com cuidado, deixando um beijo demorado em sua bochecha após ouvi-lo.

— Hm… mesmo se você não fizesse o pedido, eu ainda seria sua. — sorriu, tornando a levar uma das mãos com cuidado até o rosto do maior. — Não tem mais ninguém que eu queira… e não tem nada que você pudesse fazer sobre isso. Eu esperaria o quanto precisasse. — ela o ouviu com atenção, arregalando um pouco os olhos. Apertou os braços ao redor do pescoço alheio para se manter tão perto quanto possível. — Heh? Contrato? Então… eu achei que não era possível — murmurou baixo demais para ser realmente compreensível. Moveu a cabeça para repetir o gesto do maior, deixando a própria respiração sair pesada contra a pele do maior. — Hm… eu não reclamaria. Na verdade, eu queria mesmo que você pudesse ficar, mas você precisa trabalhar, não é? — murmurou outra vez, sua voz soando quase engraçada enquanto seus dedos alcançavam o cabelo dele.

Continuou a acariciar o cabelo do mais velho, fechando os olhos preguiçosamente ao sentir os lábios dele contra sua pele. Ela poderia apostar que dormiria se ficassem quietos daquele jeito. Especialmente porque vinha dormindo sempre que tinha qualquer instante de paz. O ouviu com atenção, um suspiro pesado e preocupado passando por seus lábios ao se perguntar quais condições ele tinha de cumprir. Ainda assim, antes que pudesse perguntar se estava mesmo tudo bem, um arrepio correu seu corpo e a fez puxá-lo um pouco mais para si, mesmo que mantivesse o rosto na curva de seu pescoço em um indicativo de que era praticamente impossível se aproximar mais. — Você precisa comer, oppa… — sussurrou, sabendo que seria o suficiente para que ele a ouvisse. De certa forma, era um pouco de tortura e teste de autocontrole ficar tão perto dele. Ainda assim, ela não se afastaria por nada.

O pedido dele lhe arrancou um sorrisinho. Sempre parecia se esquecer de que Shin parecia se sentir do mesmo modo ao pensar em soltá-la. Talvez ele pudesse comer antes de ir embora ou durante o caminho de volta para o dormitório, certo? Deixou um beijo demorado sobre seu pescoço e praticamente colou o nariz contra a pele fina. Ele era seu namorado. De verdade, no fim das contas, Shin não havia mudado de ideia ou dado para trás e todo o gelo que ela parecia ter engolido inteiro havia derretido ao pensar que ele não mentira para si nem mesmo um segundo. — Obrigada… por não ter mentido. — sorriu, genuinamente feliz. Silenciosamente, prometeu a si mesma que cuidaria dele da melhor maneira que pudesse. Um pequeno bico surgiu em seus lábios quando o ouviu, mas não disse mais nada. Deixou que a cabeça ficasse apoiada no ombro do maior e fechou os olhos de forma preguiçosa.

Apenas ficou em silêncio, aproveitando o fato de estar perto dele antes de se endireitar um pouco, embora não se afastasse nadinha dele. — Como foi a aula? — acabou perguntando em um sussurro, ainda de olhos fechados porque parecia que se abrisse os olhos, tudo iria se dissolver. O ouviu com atenção, abrindo os olhos para observá-lo com um meio sorriso. Ela poderia passar o dia todo ouvindo-o falar sobre o que quer que fosse, mas apenas levou a destra até sua bochecha e assentiu devagar,  voltando a fechar os olhos. — Eu gosto da sua voz… — murmurou com um sorrisinho, passando os dedos devagar pela mandíbula alheia até alcançar seu queixo e tocar seus lábios delicadamente com as pontas dos dedos. — Mas eu espero que ele deixe você e os outros produzirem algo, algum dia. Vocês são bons no que fazem…

Ji Sook se endireitou e o observou de maneira atenta. — Hm. Ele parece bonzinho. Talvez seja — murmurou, dando uma risadinha baixa antes de se esticar e dar um selinho demorado no maior. — Mas… oppa. Você tem certeza que não tem nenhuma pegadinha no fato dele ter feito esse contrato novo? — resmungou, mordendo o inferior com certa força ao pensar sobre o assunto. Ela esperava mesmo que Joonwoo não fosse ruim porque, se ele fosse, teria metido alguma pegadinha jurídica ou algo do tipo no contrato do mais velho. Além do mais, era estranho que ele simplesmente tivesse concordado com o namoro de ambos. — Existe alguma condição?

Meneou a cabeça com suavidade, mas seu rosto se tornou vermelho com a irritação que queimou rapidamente dentro de si e ela arregalou os olhos. — Trabalhar mais? O que? Você vai deixar de dormir por um acaso? O que ele pretende? Aish… — resmungou um tanto frustrada, segurando nos ombros do maior com ambas mãos. Deixou um beijo suave sobre seus lábios e correu a bochecha dele com a ponta de seu nariz. — Oppa, você precisa comer bem. E dormir bem. Ou vai acabar doente… parece que ele está tentando te matar. — ela queria resmungar que ainda assim não era justo.

Mas a ideia foi para o ralo quando sentiu os lábios dele sobre os seus, causando a velha agitação familiar na boca e seu estômago e o formigamento em seus lábios. Levou a mão até a nuca do mais velho e o puxou para si, deixando o ar sair pesadamente de seus pulmões. Beijá-lo, abraçá-lo ou, simplesmente, apenas estar perto dele nunca seria o bastante para ela, nunca a deixaria plenamente satisfeita. Ela sempre iria querer mais dele e de sua companhia. O que esperava não vir a ser um problema. Honestamente, ficar praticamente um mês inteiro podendo apenas beijá-lo sempre lhe causava uma sensação de frustração maior do que o normal, especialmente naqueles últimos dias. Havia um gemido baixo e manhoso escapando de sua garganta quando ele apertou sua cintura e seus dedos involuntariamente pressionaram a nuca dele, o puxando para si.

Interrompeu o beijo quando o impulso de ir adiante quase levou a melhor sobre si ao deslizar a mão de seu ombro por suas costas por dentro da camisa dele. Sinceramente, tinha a impressão de que acabaria louca se continuasse naquela “brincadeira” com o mais velho. Delicadamente, deslizou os lábios por sua bochecha e pescoço, apertado os olhos. — Eu odeio que esse lugar não seja privado o suficiente… — resmungou, visivelmente contrariada, desenhando pequenos círculos na pele das costas do maior com as pontas dos dedos. A resposta dele lhe arrancou um riso nasalado, fazendo-a morder o inferior com força.

Sinceramente, ela não queria deixar a própria cabeça ir para certos rumos. A pergunta dele a fez grunhir em protesto. Ela realmente tinha se esquecido do pedido do pai. — Hm. Ele quer falar com você. Te conhecer de fato, na verdade. — pensou sobre a pergunta dele e respirou fundo, comprimindo os lábios em uma linha fina. Não queria que Shin visse sua mãe, ou que ela o visse. Se ela fosse lá naquele fim de semana… — Vai sim! Eu espero, hm? Se você puder vir, vai ser bom, meus irmãos vão almoçar com a gente mesmo, ia ser bom que você fosse. — sorriu largo, acariciando delicadamente a cabeça e as costas do mais velho.

Assentiu devagar e beijou o pescoço do maior com cuidado, apertando devagar os braços ao redor dele. — Oppa. Vai ficar tudo bem. Você pode falar com ele, hm? — murmurou, sorrindo levemente para o mais velho. O soltou com cuidado e segurou uma das mãos do mais velho, beijando delicadamente cada um de seus dedos ao levá-la até seus lábios. — Eu amo você — sussurrou, olhando-o de maneira atenta, um sorrisinho no canto dos lábios.

O olhou com atenção, deixando um beijinho sobre o dedo do maior antes de voltar a agarrá-lo, abraçando-o com o máximo de força que conseguia. — Eu odeio não poder ficar o dia todo com você dia nenhum… — resmungou baixinho, passando os dedos pelo cabelo do maior em uma carícia cuidadosa, mesmo que tivesse as pernas presas com firmeza ao redor do mais velho. — Eu acho que vou sair com Ahreum hoje… mais tarde. Mas eu estou com preguiça… — admitiu com um sussurro, escondendo o rosto na curva do pescoço alheio. Passou a beijar delicadamente o pescoço do mais velho até se aproximar de sua orelha, suspirando baixinho contra sua pele. Engoliu em seco, mordendo o inferior ao ouvi-lo dizer seu nome porque alguma coisa em seu cérebro parecia errada quando ele falava daquele jeito.

A pergunta lhe arrancou um sorrisinho enquanto tornava a enfiar o rosto em seu pescoço, se ajeitando no colo do maior com o corpo o mais próximo possível dele. — Eu posso tentar… mas não tenho certeza. Appa e meus irmãos podem ser… grudentos. — admitiu com certa frustração. Por que Shin tinha que deixá-la dependente dele como uma viciada? Era exatamente como um vício. Não importava o quanto ela tivesse dele, não parecia suficiente. Nunca. Inspirou profundamente, sentindo o cheiro de sua pele tomar conta dos próprios pulmões. Ela realmente queria passar um tempo com ele em um lugar mais isolado e particular.

Puxou o cabelo do mais velho sem usar força de verdade, engolindo em seco ao sentir os lábios do maior sobre seus ombros. Havia uma partezinha dela lutando para derrubar todo o controle que ela fizera para si mesma ao longo da vida. — Shin… eu acho que você precisa comer agora… ou não vai comer antes de ir. — murmurou, virando o rosto para beijar a bochecha do mais velho. Ela queria que ele realmente lhe abraçasse pelo resto de sua vida. Mas parecia algo impossível de acontecer. — Posso ficar aqui enquanto você come, se não for te atrapalhar.

Concordou com um aceno rápido, colocando as mãos sobre a cintura do mais velho ao dar espaço para que ele comesse bem. Gostava de vê-lo comer, era divertido e a deixava contente. Levou a canhota até o topo da cabeça dele e afundou delicadamente os dedos pelo cabelo dele, massageando de maneira sutil o topo de sua cabeça com as pontas dos dedos enquanto ele comia. — Você precisa ir daqui a pouco, não é? — respirou fundo, mordendo o interior da bochecha. — Coma devagar, ou vai passar mal.

Riu baixinho ao ouvi-lo começar a falar, ignorando a chateação que começou a lhe deixar chateada com a confirmação de que logo ele iria embora. Ao menos ainda tinham algum tempinho junto e, com sorte, ela o havia abraçado o suficiente para que o cheiro dele ficasse colado em sua pele, cabelo e roupas. Continuou a acariciar a cabeça do maior, olhando-o com um sorriso largo. — Você não tem que me agradecer… o que faço é porque amo você, oppa. Amo mesmo. Muito. — sussurrou baixinho, quase inaudível. Retribuiu o abraço, mesmo que quisesse que ele terminasse de comer. Ela queria mesmo que tivessem mais tempo, continuou a acariciar a cabeça do maior, mergulhando os dedos em seu cabelo. Beijou suavemente seu ombro e seu pescoço, deslizando a mão livre por suas costas. — Prometo que vamos ficar agarradinhos amanhã também…

Riu soprado, passando as mãos pela nuca do maior ao retribuir o selinho. O puxou para si delicadamente e acariciou gentilmente sua nuca, deslizando a língua por seus lábios. Ela queria beijá-lo de forma decente ao menos mais uma vez antes que ele precisasse ir embora. Deslizou a língua pela dele, passando a explorar sua boca com a mesma curiosidade de sempre, pressionando os dedos contra a pele de sua nuca, deslizando as unhas suavemente pela região até alcançar seus ombros, o puxando para si de forma suave. Arfou pesadamente contra os lábios do mais velho e o puxou para si com mais vontade, apertando seus ombros com ainda mais força.

Ela realmente precisava de algum esforço enquanto tinha os lábios do maior sobre os seus. Acabou afastando-se devagar dos lábios do maior quando seus pulmões pareceram queimar, mordiscou e sugou o inferior alheio, suspirando baixo com o rosto ainda próximo ao do maior. O ouviu com uma expressão minimamente confusa, rindo baixinho ao ouvi-lo. — Você não precisa compensar nada… é verdade — murmurou, passando os dedos da destra por seus cabelos. — Oppa… tente não perder a hora hoje, hm? Não quero que tenham desculpas para te impedir de ficar comigo aqui também… — resmungou com certa manha, projetando o inferior em um bico.

Estava relutante enquanto concordava com o maior sobre irem. Mas apenas beijou a testa do maior e se levantou do colo dele de forma um tanto relutante. — Hm… vamos. Eu preciso devolver as chaves, hm? — respirou fundo e passou a língua por entre os lábios, engolindo em seco. De forma cuidadosa, segurou no braço do maior após reunir todas as coisas que havia levado, colocando os presentes do mais velho na sacola grande que havia levado em sua bolsa. — Espero que amanhã chegue logo…

O ouviu com um sorriso largo, escondendo parte do rosto atrás do braço dele. — Oppa… aish. — balançou a cabeça em negativa, sentindo-se leve e, ao mesmo tempo, triste. Não queria ter de deixá-lo ir. Mas era necessário. Ainda assim, a ideia de vê-lo no dia seguinte lhe era reconfortante. Ela não se importaria de esperar por ele. Nunca. Esperaria por Shin sempre que precisasse e pelo tempo que precisasse. Seu coração era dele. — Eu amo você, oppa… muito. — soltou-o, suspirando, triste, de maneira pesada. Então abriu a porta e esperou que ele saísse antes de segui-lo, mantendo uma distância respeitosa enquanto caminhava ao lado dele. Precisava de tempo para controlar a própria chateação em se despedir dele.  

Sorrir para Shin era inevitável. Ela realmente se sentia feliz só de vê-lo sorrindo e vê-lo cansado ou desanimado, até mesmo preocupado, partia seu coração. Assentiu em concordância ao fato de que se veriam no dia seguinte. Eles se veriam. — Amo você — murmurou após o selinho, observando-o se afastar enquanto apertava a alça de sua mochila, esperando-o sair de seu campo de visão com um sorriso pesado antes de rumar até a sala de onde pegara a chave. Havia um sorriso genuíno em seus lábios ao pensar que estava mesmo namorando com Shin. Ele havia mesmo lhe pedido em namoro ou era um sonho do qual ela acordaria?